Kabila — De Kubila: pastorear. - Pastor de Mutacalombo ou de Mutanjínji.
Quando um caçador não consegue abater uma peça de caça, se, por intermédio dum xinguilador, lhe suplica a sua intervenção, ele proporciona-lhe alguns animais que furta ao amo, difícil de ceder a tais pedidos.
Após a caçada, o caçador, como testemunho de verdade, apresenta ao xinguilador as caudas dos animais abatidos.
Na sua presença, ajoelha-se, bate palmas de reverência, e, tomada a bênção, informa-o do número de cabeças mortas.
— Parabéns, por Nâmbua e Samba, o milhafre-macho que vá para a panela (Sentido – hoje vamos nos fartar)! — Felicita o médium.
Regressando ao mato, esquarteja todas as peças e torna a voltar à casa do xinguilador. Mas com a carga. Então, cozinha as miudezas, com cuja iguaria brinda os calundus, pelo que o xinguilador se submete ao estado de possessão.
Depois de algumas divindades se mimosearem com um pouco de petisco, o Kabila ordena ao caçador que distribua a carne pelo xinguilador, companheiros e demais presentes, sendo o maior quinhão para si. Se, dentre os contemplados, existir uma mulher grávida, ao feto também toca a sua parte.
Na partilha, o caçador permanece de joelhos. Em caso de ingratidão para com a divindade, isto é, se não lhe participar o resultado da caçada, jamais tornará a abater uma só peça. É a punição.
Asé.
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